sexta-feira, 18 de novembro de 2011

A Menina da Blusa Branca

Desejada, cortejada - era assim, por onde ela passava, onde  ia um olhar de lobo a acompanhava. Um par de olhos sedentos a buscavam. No geral, direcionado para suas formas. De carne tenra, imaculada. Sedutora, gostosa - seu irmão a chamava de delicinha - e ela, o recriminava -, "pára com isso seo tarado, vou falar pra mamãe." Ela ostentava um par de seios formosos, durinhos. mantinha-os sem a proteção de um sutien, sendo assim, a cada passo dado, eles subiam e desciam embalados pelo rítmo de suas passadas. Os aposentados babavam, e por, alguns segundos esqueciam o jogo de damas e o baralho no tabuleiro descascado para acompanhá-la, a cada passo dado com aquele shortinho que desenhava suas formas de menina - mulher.

Desenvolvia um rebolado natural quando andava. A rua parava para olhar àquela bunda formosa, sedutora - era tão desejada que às vezes se sentia uma rainha. A rua pequena de mão dupla, engarravafa quando ela ia na padaria no fim de tarde, ao por-do-sol buscar o pão morno na padaria do Manuel, um portuga que fazia questão em lhe despachar, no balcão. Ele lhe rasgava inúmeros elogios, e até lhe dava mais um ou dois pães, de quebra.

Enquanto passava o troco, tocava em suas mãos, dedo a dedo - aquilo parecia lhe dar um prazer desmedido. Um simples toque nos dedos tenros, miúdos, de aparência frágil. Percebia-se a excitação no rosto do portuga. O suor lhe molhava o cenho.

- Tchau, até amanhã, talvez, volte, acho que minha mãe vai querer o leite -  esquceu de me dar o dinheiro.
E, todos ficavam na expectativa de que ela retornasse, mas depois de mais de 20 minutos, sabiam que ela não retornaria - mas, ficava na mente de todos da padaria o par de coxas bem torneadas, apesar de não serem longas, eram grossas, o bumbum arrebitadozinho, a barriguinha de fora, durinha, com um piercing, lembrando áquelas dançarinas de dança do ventre. Um par de seios pomposos, apontando para frente - como se pedisse- pegue-me, chupe-me. Estou chegando na linha de frente.

Ela vivia com uma blusinha branca. E, eles e elas travestidos de fantasias, taras,sonhos, desejos proíbidos. Caso pudesse contar, com detalhes, as fantasias com o corpinho dela, seriam trechos inteiramente pornográficos, impublicáveis. Desejavam tocar em sua pele, com sofreguidão, sentir o calor de seu corpinho. Homens e mulheres, Ouvir seus sussurros, gemidos, tirar todo proveito possível para os prazeres da carne. Subtrair sua inocência, iniciá-la nos prazeres proíbidos, maculá-la.
- Menina, não tem vergonha de usar tanto essa blusinha branca, vai tirar esse troço.
Dizia sua mãe, com ares de reclames.
- Ah, mãe, eu gosto tanto dela, é tão gostoso sentir o seu tecido na minha pele.
Tantos a desejavam, tantos queriam o seu corpo. Homens e mulheres, de todas as idades, de diferentes classes sociais. Tantas fantaisias alimentadas, taras, desejos.
Ela, com sua ingenuídade peculiar - mas tinha várias defesas. "Ainda sou muito novinha pra namorar". Imagine, perder a virgindade. Casar, nem pensar. " Só estudo, não trabalho, nem namoro".
A sua blusa branca protegia os seus seios, cobria-os com competência, porém, deixando os biquinhos sobressalentes estenderem-se sobre o tecido fino. Uma peça de pano, sem vida tinha o privilégio de tocar em sua pele, tocar áqueles dois pomos sedutores. Uma verdade se estendia, com o passar do tempo, ficaria desbotada, com linhas soltas, descosturando-se, e seria abandonada num canto qualquer, se quer servindo para pano de chão, e sem poder agradecer de ter tido o privilégio de acariciar os seios diariamente, daquela linda, desejada menina mulher. Nem quero falar da    calcinha vermelha que ela cansou de ter  usado - e que hoje foi parar no lixo - desprezada. Mas, que tivera o provilégio de cobrir e tocar nas parte mais desejada da  princesa da rua de mão dupla - que andava com a blusa branca andando à beira-mar para o pão de cada dia comprar na padaria do portuga Manuel.
















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