segunda-feira, 28 de novembro de 2011

O Vampiro de Feira de Santana

Depois de circular pela velha Europa,  ter uma  breve passagem pela fria Londres, Paulo André, resolveu estender as suas pesquisas e estudos para os países das Américas.
Deixou os EUA, de lado e veio parar no Brasil, no interior da Bahia, na cidade de Feira de Santana. Pesquisava povos que tinham orígens na Europa, em especial, uma família - os Pereiras.

De posse de um brasão, ali estava toda a orígem, dos verdadeiros Pereiras, por que Pereira no Brasil, é brincadeira, tem de bater de pau. De posse de uma árvore genealógica, descobriu que poderia estar em Feira de Santana a  geração atual daquela antiga família  da antiga  Europa, precisamente, da Transilvania. Ali, mesmo, onde se originou a maldição do Conde Vlad - conhecido como o Empalador.

Sabia André, que em Feira de Santana, havia uma antiga lenda urbana, a do lobisomem da Santa Mônica. E, era por ali, que começaria a pesquisar, entre os moradores mais antigos.

Dedicado às suas pesquisas - passava horas a fio, noites, feriados e fim de semana, debruçado sobre antigos manuscritos, livros centenários nas muitas bibliotecas do velho continente. Tinha total fascinação pelos vampiros - o que iria encontrar não sabia ao certo, apesar de tudo, era um obstinado.

Elaborara um projeto que custara, no mínimo 3 Milhões de dólares iniciais para organizações, das mais diversas, para que suas pesquisas fossem financiadas, sem ter que contar com dificuldades financeiras. O que havia conseguido não dava nem para começar. Então deu um golpe nos financiadores, e com o dinheiro subornou funcionários de bibliotecas, museus pelo mundo, cartórios para conseguir farto material de pesquisa.
Havia um elo mundial que ligava a família Pereira com todas as desgraças que havaim acontecido na humanidade, desde Vlad, o Empalador ganhara o poder e destroçara seus inimigos, num passado bem remoto. 


Ali, começava todas as eras de sombras para a humanidade. Queria provar que todo e qualquer golpe de estado, guerras, regimes ditadoriais que haviam se instalado nas Américas tinha orígem na maldição de Vlad, o Empalador. E, para fugir de derrocadas múltiplas, ao longo do tempo, estavam instalados naquela pacata cidade do interior da Bahia, prontos para o retorno triunfal.

Um novo exército estava sendo montado encoberto pelo sol do sertão. A terra estorricada, sem muita produtividade geraria os novos do terror. Mais tarde se tornará mais visível, o tal exército.
 
Consultando moradores octogenários, e até mais velhos de Jaíba, descobrira que ali, também, rondava a figura do lobisomem, e esta estadia do bicho se estendia por diversas cidades pequenas, povoados da redondeza - Coração de Maria, Jacuípe, Anguera, e outras. " Não é um bicho só, não - com certeza, um clã." - racionava assim, enquanto andava pela roça buscando vestígios da fera. "Onde estaria o lobisomem, da Santa Mônica - este, o mais recente em aparições públicas?" - perguntava para os seus botões.
Citavam um tal de madruga, um vigia noturno, era o maior suspeito, só que o mesmo desaparecera sem deixar pistas. Colhera a história  do padre italiano, que desaparecera misteriosamente, depois, sendo encontrado  em pedaços, próximo do rio Jacuípe.
Naquela noite, tivera que gastar certa quantia de sua conta bancária na compra de certo equipamento, o bastante para violar um túmulo no cemitério São Jorge - documentos apontavam que os restos mortais do padre estavam ali. Era uma noite fria na cidade, e em Feira de Santana quando tem noites de lua cheia, é lida demais. Olhou para o céu e via as nuvens num bailado sobre a lua. Uma ventania açoitava as copas das árvores - era uma noite de arrepiar. Só alguém de extrema coragem poderia estar num cemitério. Após o silêncio da coruja, ouviu:
 -Vai precisar de ajuda, moço...
Soou uma voz roca, calma em suas costas, deixando - o arrepiado.






Fim da I Parte

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